A neuromodulação cerebral não invasiva  é uma abordagem de tratamento que se utiliza tecnologias para produzir efeitos de modulação, inibição ou estimulação para regular a atividade elétrica e química do sistema nervoso central, autônomo ou periférico. A Neuromodulação cerebral não invasiva pode ser dividida em algumas técnicas, entre elas: o neurofeedback, a Estimulação Transcraniana de Corrente Corrente Continua (ETCC) e a Estimulação Magnética Transcraniana Superficial e Profunda.

De forma resumida, vamos resumir as 3 principais técnicas de neuromodulação cerebral não invasiva :

Neurofeedback: técnica que se utiliza do equipamento do eletroencefalograma (EEG) com softwares específicos que fazem a captação da atividade elétrica cortical e a partir daí o auto treinamento produz efeitos de modulação de inibição (desativação) ou estimulação (ativação) para tratamento complementar ou alternativo a alguns transtornos neuropsiquiátricos.

Clínica Higashi- Neurofeedback com Slow Cortical Potencial

Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr): A técnica de estimulação cerebral tem como efeito de induzir alterações da excitabilidade cortical, composto por dois equipamentos: um fixo (equipamento responsável por capacitores da corrente elétrica magnética e um móvel composta pela bobina, que deve ser posicionada próximo ao crânio, responsável pela transmissão da corrente elétrica magnética. Existem 2 tipos de bobina: a circular e a bobina em forma de 8, ou borboleta.  Ao passar pela bobina, a corrente elétrica magnética forma um pulso de alta intensidade e de breve duração. O pulso elétrico pode ser de 3 tipos: monofásico (pulso simples), bifásico (repetitivos) e polifásico. Os efeitos são gerados pelo pulso elétrico formado neste campo magnético , o pulso pode ser único ou repetitivos (de alta ou baixa frequência)), que leva a despolarização do neurônio, movimentando a carga através da membrana neuronal excitável, criando assim um potencial de ação que se propaga pelo nervo, entretanto, não envolve passagem direta da corrente elétrica pelo corpo celular, como é feito na estimulação elétrica. Ela é feita “como um estímulo elétrico sem eletrodos”. No Brasil, desde 2006 a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA)  regulamentou o uso do aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva e desde 2012 o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu a Estimulação Transcraniana Repetitiva como tratamento médico eficaz.

Clínica Higashi – Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva

Estimulação Transcraniana de Corrente Continua (ETCC): a técnica de estimulação cerebral não invasiva com efeito de induzir alterações da excitabilidade cortical. São utilizados 2 eletrodos (anodo e catodo), que colocados em diferentes posições, ligados a um equipamento específico, criam um fluxo de corrente elétrica, contínua e de baixa voltagem (baixa intensidade) que age no córtex cerebral de forma focal. Apesar da aplicação ser focal, os efeitos atingem área corticais adjacentes e distantes da região alvo estimulada, podendo ainda atingir área profundas. As montagens podem ser monopolares ou bipolares, ou seja, na montagem bipolar ambos os eletrodos se encontram sobre a área cefálica em que os efeitos dos estímulos se localizam. Vantagem do uso da ETCC é que ela é não invasiva, quase nenhum efeito colateral, alta tolerabilidade, e estudos tem demostrado eficácia em muitos casos comparada a medicação.

Estimulação Transcraniana de Corrente Continua – ETCC

As técnicas de neuromodulação cerebral não invasiva tem sido estudada para tratamento de diversos transtornos neuropsiquiátricos, tais como: 

  • Depressão unipolar
  • Transtorno Afetivo Bipolar
  • Alucinação auditiva da Esquizofrenia
  • Dor Crônica
  • Recuperação do Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  • Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
  • Transtornos de Ansiedade (ex: Sind. do Panico)
  • Transtorno do Stress Pós-Traumático
  • Doença de Parkinson
  • Transtornos Alimentares
  • Epilepsia
  • Zumbido Crônico

O primeiro passo para saber se o tratamento com neuromodulação cerebral não invasiva é indicado para o seu caso, é ter uma avaliação médico de um profissional que tenha experiência no tratamento das doenças neuropsiquiatricas e tenha também conhecimento das técnicas de neuromodulação cerebral não invasiva. Os protocolos de tratamentos são feitos de forma personalizados conforme avaliação médica prévia. As sessões podem ter duração entre 25 a 60 minutos, dependendo da intensidade e e da condição clínica ser tratado, na maioria dos casos requer entre 10 a 30 sessões que podem ser realizadas semanais, quinzenais ou mensais, conforme avaliação.

Autoria: Equipe de neuromodulação Clínica Higashi