Neurofeedback é um treinamento da função cerebral através da utilização da tecnologia do eletroencefalograma (EEG) que capta as ondas cerebrais do paciente e através de jogos ensina o paciente o autocontrole das ondas cerebrais de ativação e desativação ajudando o cérebro a funcionar melhor e de forma mais eficiente. São colocados eletrodos em pontos específicos do couro cabeludo representativas do córtex cerebral e é medido as ondas cerebrais, fornecendo um sinal de realimentação. É observado o sinal elétrico do EEG no momento de ação. Esta informação é representada a pessoa através de imagem do computador sendo que o treinamento se da através de sinalizações de recompensada quando o paciente consegue comandar suas ondas cerebrais da meira desejada, o importante é conseguir o auto controle. Este é um processo de aprendizagem gradual. 

Vários estudos têm sido realizados sobre a terapia de neurofeedback e tem se mostrado eficácia no tratamento das doenças neuropsiquiátricas como epilepsia, enxaqueca e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O Neurofeedback pode ser visto como uma ferramenta para melhorar aspectos cognitivos como a atenção e comportamentais como na impulsividade.

No transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) evidências sugerem que o mau funcionamento do lóbulo frontal direito com atividade elétrica de ondas lentas (teta) com diminuição de ondas rapidas (beta) é a causa do distúrbio e os sintomas resultantes são falta de atenção, distração e hiperatividade. Um estudo feito em 2007, apresentado na revista Neuroscience, mostrou que ativando as ondas beta e inibindo as ondas tetas tem efeito sobre o comportamento desatento e aumenta o foco de crianças com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Este treinamento  o participante aprende a diminuir a atividade cerebral das ondas lentas teta (4-7,5 Hz) e a aumentar a atividade das ondas beta de alta frequência (13-20 Hz) do eletroencefalograma (EEG), com isso houve melhora signiticativa da atenção, impulsividade e também hiperatividade.

Em 2012, foi apresentado um modelo para os mecanismos de treinamento com neurofeedback no ritmo sensório motor (SMR) relacionados ao transtorno do déficit de atenção e hiperatividade  (TDAH). Eles demonstraram que, em um subgrupo de pacientes com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade  (TDAH) com problemas de sono, o treinamento do ritmo sensório motor (SMR) com neurofeedback resultou em estabilização da vigilância com melhora do sono e melhora comportamental.

Outra forma de aplicação do Neurofeedback é o Slow Cortical Potetials (SCPs) que também tem demonstrado eficiente para o tratamento de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade  (TDAH). Ele ajuda melhorar os sintomas, bem como as variáveis cognitivas. O Slow Cortical Potetials (SCPs) são mudanças muito lentas da atividade cerebral com uma duração de até vários segundos que regulam o limiar de excitação do cortex cerebral, elas podem ser usadas em treinamento de auto-regulação em condições com limiares de excitação diminuídos no caso da Transtorno de Deficit de Atenção, ou, ao contrário, limiares de excitação aumentados como na epilepsia. O vídeo, alemão, aonde o treinamento com neurofeedback é mais conhecido apresenta o depoimento de Sam, diagnosticado com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade  (TDAH):

O efeito do treinamento com neurofeedback na epilepsia esta relacionado na habilidade do cérebro em controlar hiperexcitabilidade que acontece imediatamente antes das convulsões, pesquisas mostram que o efeito do treinamento com neurofeedback sobre o ritmo sensório-motor (SMR) reduziu significativamente a taxa de convulsões em epilepsias graves e refratárias.

Em estudo realizado entre 2005 a 2015 com 78 crianças epiléticas, entre 5 e 17 anos, no Instituto de Neurologia da Cracóvia na Polônia, aonde foi aplicado treinamento com neurofeedback durante 6 meses a 3 anos aonde foi avaliado desempenho antes e depois do treinamento de neurofeedback e também o traçado eletroencefalográfico antes e depois do treinamento. No final do estudo foi observado redução clínica significativa tanto da frequência quanto da intensidade das crises epiléticas, além disso, houve redução das alterações epileptiformes do EEG.

A enxaqueca é outra patologia neurológica que se beneficia com o tratamento de neurofeedback. Estudo publicado em 2010 na revista Behavioraland Brain Function com 37 pacientes com enxaqueca foi demonstrado diminuição significativas das crises de enxaqueca, na média 70% dos pacientes tiveram redução de pelo menos 50% das crises, este resultado foi melhor do que o uso isolado da medicação.  O mecanismo do neurofeedback na prevenção da crise de enxaqueca esta no fato que o paciente aprende a desativar a excitabilidade do cérebro quando a crise está para acontecer. Veja explicação no vídeo abaixo publicado no canal americano ABC news sobre o efeito do neurofeedback no tratamento da enxaqueca:

Para maiores informações sobre treinamento com neurofeedback entre em contato com a Clínica Higashi Rio de Janeiro: telefones (21) 3439-8999 ou (21) 98208-4972.