O cloridrato de cetamina, também conhecido como quetamina ou ketamina, é um anestésico dissociativo, com efeito hipnótico e características analgésicas. Foi sintetizada pela primeira vez em 1962 por Calvin Steves e nomeada inicialmente de CI581. Ainda na década de 60, a cetamina começou a ser utilizada como anestésico e foi aperfeiçoada para o atendimento dos soldados americanos durante a guerra do Vietnã. A cetamina tem um potente efeito antidepressivo e abre uma linha inédita de tratamento sobre a depressão que afeta 38,8 milhões de pessoas no Brasil.

Nos Estados Unidos, a cetamina vem sendo administrada para casos graves, em emergências, onde há risco de suicídio. Clique no link abaixo e assista o vídeo abaixo que mostra como a cetamina está ajudando pessoas que sofrem de depressão que já tentaram todos os tratamentos sem sucesso:

Assista o vídeo o uso da  aplicação de Cetamina na depressão:

 

A cetamina para efeito antidepressivo induz o aumento máximo da atividade metabólica nas estruturas corticais e subcorticais do sistema límbico (responsável pelas emoções e comportamentos sociais). 

Como  ação farmacológica a cetamina possui duas ações no organismo humano:

Em dose aumentada ele tem ação anestésica, ou seja, a quantidade administrada deve ser suficiente para manter as atividades metabólicas do sistema límbico diminuída, atuando no bloqueio do canal fechado e do canal aberto do receptor NMDA.

Em dose diminuida tem ação anti-depresiva, ou seja, a dosagem utilizada neste caso é bem menor do que a dosagem anestésica, atuando somente no bloqueio do canal fechado do receptor NMDA.

Para ação anti-depressiva a cetamina age no sistema glutaminérgico do cérebro (importante animoácido que age na metabolismo humano e é um neurotransmissor estimulador do sistema nervoso em mamíferos), envolvido na fisiopatologia da depressão e do mecanismo de ação dos antidepressivos como mostra a figura abaixo:

Mecanismo de ação glutaminérgica da Cetamina:

Cetamina agindo no receptor NMDA (1) modulando o receptor local de glicina. Ativa o ácido propisóico (AMPA) na região de plasticidade neuronal. Começa a ação na liberação do glutamato (Gln) que aumenta a excitabilidade de fatores neurotróficos no cérebro, facilitando a captação e transporte da Glia (células do sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios).

Cientistas da Universidade de Yale, em Connecticut, nos EUA, que administraram a camundongos uma pequena dose cetamina, descobriram que ela reduzia claramente um comportamento antidepressivo e restabelece as conexões entre células do cérebro danificadas por estresse crônico.

Um estudo apresentado pela Biological Psychiatry em 2012, selecionou 22 pacientes com depressão que não respondiam a outros tratamentos. Houve melhora de 32% do estado de espírito geral (humor) em 1 hora após a primeira aplicação. 18% dos pacientes tiveram remissão completa da depressão em 2 dias após o uso da primeira dose.

Outro estudo apresentado pelo College of Neuropsychopharmacology em 2012 contou com a participação de 116 pacientes com depressão resistente a outros tratamentos. Mostrou uma significativa redução dos sintomas da depressão por até duas semanas .

No entanto, é preciso ter caltela na administração que deve ser feita por via endovenosa lenta com duração de 40 minutos e o paciente deve aguardar duas horas para passar os possiveis efeitos alucinógenos da cetamina.

A cetamina é aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration – EUA) para tratamento de pacientes com depressão não responsiva a medicação e outras modalidades convencionais de tratamento da depressão.

Informações sobre o tratamento da depressão e cetamina pelos telefones da Clínica Higashi (21)3439-8999 Rio de Janeiro ou (43) 3323-8744 Londrina.