A espasticidade é uma condição neurológica anormal sentida como um aumento da resistência à locomoção das articulações.  Geralmente está acompanhada de outros sinais como paresias, paralisias, hiperreflexia e sinal de Babinski, conhecidos em conjunto, como sinais de lesão do neurônio motor superior. As doenças mais freqüentemente encontradas têm sido a esclerose múltipla, o trauma crânio-encefálico e raqui-medular, a paralisia cerebral, Esclerose Lateral Amiotrófica, Tumores Cerebrais e da Medula Espinhal e o acidente vascular encefálico (AVE) (1,2).

O vídeo abaixo mostra um paciente com espasticidade na mão e como é seu controle motor.

No vídeo abaixo do Hospital Infantil de St. Joseph, nos Estados Unidos, mostra crianças com espasticidade e como é o tratamento neurológico com uma equipe multidisciplinar que trabalha junto com o médico neurologista. 

O tratamento para espasticidade deve ser baseado na evolução da capacidade funcional do paciente. Para que isso ocorra deve-se associar um tratamento multidisciplinar com avaliação neurológica, medicação, fisioterapia e a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) tem mostrado efeito na melhora na qualidade de vida do paciente com espasticidade.

Estudo realizado em Tókio, no Japão, pela Jikei University School of Medicine, mostrou que o tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) para a espasticidade decorrente de Acidente Vascular Encefálico (AVE). Foram selecionados 39 pacientes que sofreram AVE e tiveram espasticidade nos membros superiores, com idades de 16 a 56 anos durante 37 meses.  O tratamento decorreu o período de 15 dias no total de 22 sessões de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) em baixa freqüência (1 Hz) na área motora contralateral ao membro lesionado. Os pacientes foram submetidos aos testes de gl-Meyer Avaliação (FMA) e Wolf Teste de Função Motora (WMFT) para avaliar o antes e depois do tratamento. Os pacientes tiveram melhora no teste de Ashworth scale e aumentou significativamente na escala de Wolf Teste de Função Motora com aumento da função motora do membro afetado com execução do movimento em menor tempo. Após 15 dias do tratamento os pacientes apresentaram diminuição da espasticidade e melhora da função motora acometida pelo AVE(3).

Outro estudo feito na França, em 2007, comparou a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) em baixa frequência (1Hz) e alta freqüência (5Hz) em 19 paciente com Esclerose Múltipla e espasticidade dos membros inferiores.Notou-se que na Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) em baixa freqüência (1Hz) houve melhora da espasticidade logo na primeira sessão, e após 2 semanas de tratamento o quadro de melhora persistiu por mais 7 dias(4).

Na Alemanha, em 2011, foi feito um estudo para comprovar a eficácia da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) de baixa freqüência (1Hz) no córtex motor contralateral primário em pacientes com espasticidade que sofreram Acidente Vascular Encefálico (AVE).Foram selecionados 24 pacientes com lesão decorrente do AVE com espasticidade no antebraço, mão e dedos. Aplicada 10 sessões diárias de Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) durante 20 minutos. Sendo avaliados em ambas as mãos logo depois de cada sessão. Como resultado a função motora e a espasticidade melhoraram. A excitabilidade do córtex motor contralateral primário leva a melhora da mão afetada pelo AVE(5).

Para maiores informações sobre neurologia e Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) entre em contato com a Clínica Higashi pelo telefone (21) 3439-8999 ( Rio de Janeiro – RJ) ou (43)-33238744 ( Londrina).

 

Referência Bibliográfica:

1.    Brin MF. Treatment of spasticity using local injections of botulinum toxin. Skills Workshop Series Seattle: American Academy of Neurology, 1995.

2.    Mayer NH. Clinicophysiologic concepts of spasticity and motor dysfunction in adults with an upper motoneuron lesion. Muscle & Nerve 1997;6(Suppl):S1-S13.

3.    Kakuda W, Abo M, Kobayashi K, Momosaki R, Yokoi A, Fukuda A, Ito H, Tominaga A, Umemori T, Kameda Y. Anti-spastic effect of low-frequency rTMS applied with occupational therapy in post-stroke patients with upper limb hemiparesis. Brain Inj. 2011;25(5):496-502. PubMed PMID: 21456998. 

4.    D. Centonze, MD, G. Koch, MD, V. Versace, MD, F. Mori, MD, S. Rossi, MD, L. Brusa, MD, K. Grossi, MD, F. Torelli, MD, C. Prosperetti, MD, A. Cervellino, MD, G. A. Marfia, MD, P. Stanzione, MD, M. G. Marciani, MD, L. Boffa, MD and G. Bernardi, MD . Repetitive transcranial magnetic stimulation of the motor cortex ameliorates spasticity in multiple sclerosis. Neurology. 2007

5.    Theilig S, Podubecka J, Bösl K, Wiederer R, Nowak DA. Functional neuromuscular stimulation to improve severe hand dysfunction after stroke: does inhibitory rTMS enhance therapeutic efficiency? Exp Neurol. 2011 Jul;230(1):149-55. Epub 2011 Apr 16. PubMed PMID: 21524650.

 

Produzido por: Educação e Pesquisa da Clínica Higashi – Neuroestimulação e Neurologia Rio de Janeiro e Londrina